sexta-feira, 14 de junho de 2013



Cardiopatia

O termo cardiopatia é uma designação genérica que abrange todas as patologias que acometem o coração.
As cardiopatias dividem-se por quatro tipos genéricos: congénitas, das válvulas, do miocárdio e infeciosas.
As cardiopatias congénitas são situações crónicas, resultantes de problemas que persistem desde o nascimento, embora se possam manifestar mais tardiamente. Ocorrem no decurso de complicações durante a gravidez (como, por exemplo, rubéola), em resultado de malformações do feto ou devido a anomalias genéticas.
As cardiopatias que afetam as válvulas cardíacas (estruturas membranosas que impedem o retrocesso do sangue entre os ventrículos e as aurículas) podem ser do tipo funcional ou anatómico, impedindo o seu encerramento completo durante a sístole ventricular. Um sintoma típico é a deteção de um ruído, por auscultação do coração na fase sistólica, em resultado do refluxo do sangue para a aurícula, motivo pelo qual esta patologia é, frequentemente, denominada de sopro cardíaco.
As cardiopatias que atingem o miocárdio afetam a capacidade do coração bombear sangue para todo o corpo, já que a pressão de saída do sangue é menor, em função de uma redução do tónus muscular cardíaco. As cardiomiopatias englobam as alterações degenerativas do miocárdio, as quais podem ser de origem primária, em resultado de um quadro de alcoolismo, ou secundária, derivadas de um aumento da tensão arterial, pelo que são designadas de cardiomiopatias hipertensivas. Este último tipo resulta de um aumento da resistência vascular periférica, a que o músculo cardíaco responde desenvolvendo uma hipertrofia, suscetível de, se a situação de hipertensão se mantiver, provocar alterações funcionais e uma redução do volume das cavidades cardíacas.
Um outro tipo de cardiopatia degenerativa é a resultante da infeção por Trypanosoma Cruzi, parasita desencadeador da doença das chagas.
As cardiopatias de origem infeciosa resultam da ocorrência de infeções por microrganismos diversos, como vírus, bactérias ou fungos, podendo afetar também as membranas que revestem o coração (endocárdio e pericárdio), e não apenas o músculo cardíaco (miocárdio).
A ocorrência de isquemia nas artérias coronárias (cardiopatia isquémica) é uma das principais causas de problemas cardíacos, havendo um défice de irrigação das células cardíacas, podendo ocorrer necrose, de extensão proporcional ao tempo, intensidade e abrangência da obstrução, com comprometimento da função cardíaca. O estreitamento dos vasos coronários pode dever-se a espasmos, trombose, arteriosclerose ou diminuição do calibre por deposição de colesterol.
A gravidade de uma cardiopatia isquémica é variável, podendo ser reversível ou não. A sua ocorrência pode gerar anginas de peito estáveis, instáveis ou, nos casos agudos, enfartes do miocárdio.
Os principais sintomas de um quadro clínico de cardiopatia são o surgimento de irregularidades do ritmo cardíaco (arritmias), falta de ar, inchaço das extremidades do corpo (principalmente as pernas), cianose (surgimento de uma cor azulada na pele e mucosas, por diminuição da concentração de oxigénio no sangue) e dor, semelhante a uma sensação de aperto, localizada na região torácica retroesternal, podendo irradiar para os membros superiores (mais frequentemente, o braço esquerdo), mandíbula, pescoço e zona epigástrica.
Os sintomas das cardiopatias podem variar com a causa da anomalia, o grau de comprometimento da função cardíaca e a extensão das perturbações, sendo importante o seu diagnóstico médico atempado.

Cardiopatia isquêmica (angina e infarto)

 

Cardiopatia isquêmica ou doença arterial coronariana é um termo usado para definir estreitamentos das artérias coronárias, que levam sangue rico em oxigênio para o coração.
O estreitamento das artérias coronárias é causado por aterosclerose, que é o processo de envelhecimento das artérias, onde, com o passar do tempo, vai havendo a formação de placas de ateroma (gordura) no seu interior. Com estas placas o vaso vai reduzindo seu diâmetro interno, ocasionando dificuldade para a passagem de sangue e causando a redução do fluxo de sangue ao coração (isquemia).
A cardiopatia isquêmica é uma doença silenciosa. Em quase metade dos casos a primeira manisfestação da doença é a morte súbita ou infarto agudo do miocárdio. Por esta razão são importantes os “check-ups” e exames preventivos para que a doença seja detectada e tratada antes de causar danos irreversíveis.
ANGINA
Ao exercício o coração necessita de mais sangue e quando há estreitamento das coronárias este aumento de fluxo não é possível causando angina de esforço
Com o agravamento da doença pode surgir dor aos pequenos esforços e mesmo em repouso (angina instável ou síndrome coronariana aguda). Nestas últimas situações há necessidade de hospitalização e, em geral, de intervenção.
O tratamento vai depender da severidade dos sintomas e do grau de comprometimento das artérias coronárias. Pode ser clínico, com angioplastia ou cirurgia de revascularização.


INFARTO
Quando há uma obstrução total de uma artéria coronária ocorre o infarto. Isto significa que parte do músculo cardíaco fica sem circulação e morre. Também chamado de ataque cardíaco ou infarto agudo do miocárdio, o infarto pode causar dor forte no peito com irradiação para o pescoço e braço esquerdo. Outros sintomas como falta de ar, náusea, suor e sensação de desconforto no peito ou no estômago podem ocorrer. O tempo decorrente entre o início da dor no infarto e o tratamento é importente no sentido de salvar músculo cardíaco. No infarto agudo é importante abrir a artéria coronária que ficou obstruída. Isto pode ser feito com drogas (trombolíticos) ou com angioplastia primária.
O cateterismo cardíaco vai demonstrar a anatomia das artérias coronárias e o grau de comprometimento destas e, junto com o quadro clínico, nos ajudar a definir qual a melhor forma de tratamento; se clínico, com angioplastia ou cirurgia de revascularização do miocárdio.

Doença cardíaca congênita

 

A cardiopatia congênita é referida como uma anormalidade da estrutura e da função cardíacas que desenvolvida durante a gestação. É uma doença que agrupa uma série de anormalidades no coração e que está presente ao nascimento, considerando que os seus efeitos não são identificados imediatamente.
Conhecida também como DCC, pode levar anos para se manifestar provocando lesões mínimas no caso de uma coarctação da aorta. Dentre as lesões pequenas podemos citar o defeito do septo ventricular, um tipo de lesão que modifica o dia a dia comum do cardiopata e nem o proíbe de praticar atividades físicas.
A cardiopatia coronária gera lesões mais prevalentes, capaz de causar a morte de crianças com menos de um ano de idade. Considerando as causas de morte em crianças menores de um ano de idade, as anormalidades congênitas estão entre as principais causas.
As anormalidades cardíacas graves não corrigíveis, na maioria dos casos não permitem uma sobrevida com mais que alguns meses de vida. Depois do primeiro ano, pode haver uma queda considerável nas mortes por doença congênita do coração. Mas, depois do décimo quarto ano de vida , as mortes causadas por doenças cardíacas tendem a crescer em decorrência de outras causas diferentes das anormalidades cardíacas congênitas, ou seja, o coração pode desenvolver novos tipos de cardiopatia.
Dentre as doenças cardíacas congênitas, há dois tipos:
  • Doenças que apresentam cianose (coloração azul decorrente de pouco oxigênio no coração);
  • Doenças que não apresentam cianose;
Lista de alguns exemplos de lesões cardíacas congênitas:

Cianóticas:
  • tetralogia de Fallot
  • transposição dos grandes vasos
  • atresia tricúspide
  • retorno venoso anômalo total
  • tronco arterial
  • coração esquerdo hipoplásico
Não-cianóticas:
  • DSV (defeito do septo ventricular)
  • DAS (defeito do septo atrial)
  • DAP (ducto arterioso persistente)
  • estenose aórtica
  • estenose pulmonar
  • Coarctação da aorta
A sigla DSV refere-se ao defeito cardíaco congênito diagnosticado na maioria dos casos clínicos, o DSV exige uma observação três vezes mais cuidadosa do que os demais casos de cardiopatia.
Os casos de DCC ocorrem como uma lesão isolada não associada a outras doenças da criança. Sabe-se que a cardiopatia congênita é decorrente de diversos problemas relacionados síndromes genéticas ou cromossômicas. Tais normalidades, durante a gestação, podem ser causadas pela ingestão de drogas, substâncias químicas, uso de álcool, ocorrência de infecção na gestação e rubéola fetal.

Sintomas

Os sintomas são variáveis, conforme o tipo, o grau e o tempo de evolução da doença. São sintomas comuns:

Exames Diagnósticos

 

Os médicos podem utilizar uma ampla gama de exames e procedimentos para a realização de diagnósticos rápidos e precisos. A tecnologia inclui as mensurações elétricas, os estudos radiográficos, a ecocardiografia, a ressonância magnética (RM), a tomografia por emissão de pósitrons (TEP) e o cateterismo cardíaco. A maioria dos procedimentos diagnósticos cardíacos apresenta apenas um risco mínimo, mas este aumenta de acordo com a complexidade do procedimento e a gravidade da cardiopatia subjacente.
Nos casos do cateterismo e da angiografia cardíacos, a probabilidade de uma complicação grave – como acidente vascular cerebral, infarto do miocárdio ou morte – é de 1:1.000. Os testes de esforço apresentam risco de infarto do miocárdio ou de morte de 1:5.000. Virtualmente, o único risco dos estudos com radionuclídeos é originário da diminuta dose de radiação recebida pelo paciente, que é inferior à radiação recebida pelos indivíduos na maioria das radiografias.

Tipos de exames:
  • Eletrocardiografia
  • Teste de Esforço
  •  ECG: Interpretação das Ondas
  • Eletrocardiografia Ambulatorial Contínua (Holter)
  • Monitor Holter: Leituras Eletrocardiográficas Contínuas
  • Testagem Eletrofisiológica
  • Exames Radiológicos
  • Tomografia Computadorizada
  • Fluoroscopia (Radioscopia)
  • Ecocardiografia
  • Ressonância Magnética
  • Estudos com Radionuclídeos
  • Tomografia por Emissão de Pósitrons
  • Cateterismo Cardíaco
  • Angiografia Coronariana

Prognóstico

O prognóstico, previsão de evolução, também é muito variável. Existem doenças que não alteram tempo ou qualidade de vida, mas existem doenças que nas quais é impossível a vida extraútero. Entre estes dois extremos há uma infinidade de nuances possíveis de apresentações clínicas e de perspectiva de vida.

Tratamento

O tratamento ideal é a correção do defeito estrutural. Conforme o caso, pode-se precisar de cirurgia imediata ou aguardar meses ou anos para a cirurgia. Conforme o caso, a intervenção pode ser feita intra-útero. Cada apresentação clínica tem particularidades quanto aos medicamentos ou outras medidas indicados.


           http://www.infopedia.pt
           http://www.infoescola.com/
           http://pt.wikipedia.org
           http://mmspf.msdonline.com.br
           www.clinicasaadi.

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